Agustina Bessa-Luís morreu esta segunda-feira, dia 3 de junho. Nasceu
a 15 de outubro de 1922 em Vila Meã, no concelho de Amarante e faleceu hoje no
Porto, tinha portanto 96 anos.
D. Manuel Linda vai celebrar a missa exequial na terça-feira, às
16h00, na Sé do Porto. O funeral segue depois para a Régua, onde também está
sepultado o seu marido Alberto Luís falecido em novembro de 2017.
Agustina Bessa-Luís escreveu livros de vários tipos, mas foram os
romances que mais a distinguiram e em especial, “A Sibila” – publicado em 1954.
A obra, a que mais prestígio lhe trouxe, valeu à escritora o Prémio Delfim
Guimarães e o Prémio Eça de Queiroz. Fez ainda parte, durante vários anos, do
programa de Português do secundário.
Em 2004, Agustina Bessa-Luís recebeu o mais importante prémio
literário da língua portuguesa: o Prémio Camões. O júri foi unânime em
considerar que a obra da escritora "traduz a criação de um universo
romanesco de riqueza incomparável, contribuindo para o enriquecimento do
património literário e cultural da língua comum". Ainda em 2004 foi
agraciada com o Prémio Vergílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora.
Ao todo, Agustina Bessa-Luís escreveu 48 romances, cinco peças teatro,
dezenas de crónicas e textos ensaísticos. Deixou ainda obra na literatura
infantil, com “A Memória de Giz” (1983), “Contos Amarantinos” (1987), “Dentes
de Rato” (1987), “Vento, Areia e Amoras Bravas” (1990) e “O Dourado” (2007).
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